A integração dos três níveis

Estes três níveis integram-se perfeitamente entre si. O amor conjugal apoia-se nos outros dois níveis anteriores e supera-os. Por isso, os outros dois estão feitos para poderem expressar e realizar essa entrega total da pessoa. Isto nota-se, por exemplo, por o enamoramento afectivo e a excitação corporal tenderem a absorver totalmente a pessoa, pois estão feitos para poderem exprimir a entrega total do próprio eu.

A própria dinâmica física do sexo, que enlouquece e está feita para chegar ao fim, mostra que é uma expressão adequada desse amor espiritual que se entrega de todo, até ao fim. De quem está apaixonado a sério, diz-se que está louco de amor. A loucura da carne está feita para poder exprimir e realizar essa loucura do espírito.

O amor é o sentimento mais íntimo e o maior que tem a pessoa humana, o que a absorve por inteiro. Por isso, o prazer que se obtém da sua expressão corporal no acto conjugal é o maior dos prazeres corporais e o que mais absorve. O mesmo acontece com o entusiasmo que provoca o enamoramento afectivo, que tira uma pessoa de si mesma, para a fazer viver no outro.

A alegria e a felicidade da mútua entrega das duas pessoas apoia-se e une-se ao prazer da afectividade e do corpo. Quando os três se unem, que é o previsto pela natureza, é possível alcançar o grau maior de alegria e de prazer. Mas, se se procurar, por exemplo, só o prazer físico, então o próprio prazer diminui. E não satisfaz. Sabe a muito pouco, porque, na realidade, é só uma parte, e a parte mais pequena, da alegria da entrega com alma e corpo, que só é possível na entrega total do casal.

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